Custos de ultraprocessados e álcool ao SUS atingem R$ 28 bi por ano |
Operação policial descobre esquema criminoso em clínica de de Joinville
-
Foto: Internet / Reprodução -
Caso começou a ser investigado há cerca de dois anos
Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Vigilância Sanitária resultou na prisão do proprietário da clínica F Coaching, Felipe Francisco, e em mais cinco indivíduos em diferentes cidades de Santa Catarina. Três mandados de prisão foram cumpridos em Joinville, um em Blumenau e outro em Garuva. Entre os detidos, figuram dois médicos, um nutricionista e um biomédico.
A operação visava acabar com um esquema ilegal de venda de medicamentos e exercício irregular de profissões, que resultou no fechamento temporário de quatro estabelecimentos do ramo por ordem judicial. As investigações sobre o caso foram conduzidas ao longo de dois anos pela 13ª promotoria, após um paciente relatar problemas após o uso de um medicamento receitado por Felipe Francisco.
As autoridades identificaram que Felipe Francisco já havia sido condenado no Paraná por falsificação e venda de medicamentos sem registro, recebendo uma pena de oito anos de prisão em 2019. No entanto, ele foi libertado após apenas três meses de detenção e retomou suas atividades, inclusive atuando em Joinville usando uma tornozeleira eletrônica.
A investigação revelou um esquema sofisticado envolvendo familiares e amigos de Felipe, com a criação de empresas fictícias para sustentar as atividades ilegais. O esquema incluía profissionais de diferentes áreas da saúde, como nutricionistas, médicos e biomédicos.
A operação resultou no fechamento temporário de clínicas em Joinville, Balneário Camboriú e Itapema. Os investigadores estimam que milhares de pacientes foram vítimas do esquema, que envolvia a prescrição indevida de medicamentos, venda casada com farmácias de manipulação e até mesmo a aplicação de medicamentos vencidos.
O rendimento mensal do grupo superava R$ 200 mil, segundo as investigações. O dinheiro era obtido principalmente através da venda de medicamentos inventados por Felipe, que também manipulava fórmulas para aumentar os lucros. Carros de luxo, documentos e contas digitais de criptomoedas foram apreendidos na operação como parte das evidências.
Os envolvidos podem responder por crimes como organização criminosa, falsidade documental, exercício ilegal da profissão e adulteração de produtos terapêuticos ou medicinais. A operação também oferece uma oportunidade para que os consumidores lesados relatem suas experiências e contribuam para o processo legal.
Deixe seu comentário